Verdadeiros tesouros dessa rica e nao tao conhecida gastronomia.
Pirarucu
É o maior peixe de escamas do Brasil também chamado o "bacalhau" da Amazônia, chegando a alcançar até 2,5m de comprimento e peso de até 80 kg. A pesca é feita nos rios da Amazônia com anzol ou arpão. Tem coloração avermelhada, daí a origem do seu nome em tupi "pirarúku", que significa 'peixe vermelho'. Sua carne é saborosa, podendo ser usada ressecada, como o bacalhau, ou fresca. Com ela são feitos diversos pratos muito apreciados. Sua língua é utilizada para ralar o guaraná e as escamas para lixar unhas.
Pirarucu Grelhado ou na Brasa
As postas ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são grelhados até ficarem douradas. Serve-se com farinha d'água molhada, molho do tipo usado para churrasco ou salada de feijão manteiguinha de Santarém. As postas também podem ser cobertas com rodelas de cebola, regadas com azeite.
Pirarucu no Leite de Coco
As postas ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são cozinhadas em leite de coco (usa-se também o leite de Castanha-do-Pará). Como acompanhamento arroz branco e farinha d’água.
Desfiado de Pirarucu
As postas ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são aferventadas e desfiadas, juntando-se em seguida azeite, alho socado, cebola, cheiro-verde e tomate refogado. Pode-se acrescentar ovos, fazendo-se um mexido.
Caldeirada de tucunare
O Tucunaré é um peixe de escamas, com coloração prateada carregada de pigmentos sépia no dorso, nadadeira dorsal escura com manchas circulares amarelas esbranquiçadas, e um ocelo ("olho") negro margeado de amarelo na nadadeira caudal. Tem carne compacta e saborosa, de coloração rósea. Pode atingir 70 cm de comprimento.
Piracui
O piracuí nasceu da idéia da conservação alimentícia para todas as tribos indígenas da Amazônia. Na época das águas baixas (secas) havia fartura de alimentos (caça e pesca). E na época de águas grandes (cheias), havia dificuldade alimentícia, pois os peixes se deslocavam para outros arredores e as caças se afugentavam. Daí ter nascido a idéia de conservação dos alimentos: da carne de caça (fervendo-as com ervas aromáticas que lhe conservavam por vários dias). E do peixe, idealizaram o tão famoso piracuí (Pira: peixe; cuí:farinha), ou seja, farinha de peixe, que é obtido da seguinte maneira: Junta-se uma boa quantidade de peixe Acarai( o acari é preferido por ser um peixe de fácil captura, por viver entre as pedras e buracos existentes na parte baixa dos rios). Coloca-se os peixes no muquém (buraco feito no chão, sendo comprido e não fundo, onde se faz um fogo a lenha e com espetos de paus aromáticos), para assar as grandes quantidades de peixes apanhados. Depois de bem assados, quase secando, são levados para um forno de barro aberto, onde são desfiados por completo, para serem torrados e se transformarem em cuí, ou seja, farinha de peixe – Piracuí. Após esse trabalho, eles faziam a embalagem do produto em um paneiro coberto de folhas verdes e largas, extraídas da mata. Os índios ao retornarem à pesca, levavam o piracuí numa vasilha, misturado com a farinha de mandioca para o seu sustento. Caracteriza-se o Piracuí de Acari, pela sua coloração escura, pela sua carcaça e pela sua ova que lhe é peculiar.
Peixada
É feita com peixe de uma só qualidade, preferencialmente filhote, pescada amarela ou tucunaré. As postas do peixe são temperadas com um molho de limão, sal e alho. À parte, prepara-se um caldo com a cabeça do peixe, cheiro-verde, cebola, sal, alho socado e batatas cortadas em metades. Quando estas começam a amolecer colocam-se as postas que ficarão cozidas quando as batatas amolecerem completamente. Acompanha ovos cozidos, pirão de farinha d'água ou farinha seca, feito com o próprio caldo da peixada. Pimenta de cheiro a gosto.
Caldeirada
Semelhante à peixada no tempero e no cozimento, mas feita com diversos tipos de peixes, além de verduras, é servida com ovos cozidos e pirão de farinha d'água ou de farinha seca, feito com o próprio caldo da caldeirada. Pimenta de cheiro a gosto.
Tamuata no tucupi
O tamuatá, também chamado "cascudo" por causa de sua couraça, é um peixe típico dos rios da Amazônia, de cor amarelada. Depois de bem lavado, e temperado com sal e limão, é cozinhado no tucupi junto com algumas folhas de chicória e alfavaca. Sobre o tamuatá no tucupi coloca-se o imprescindível jambú. Para acompanhamento arroz branco e farinha d’água. Pimenta de cheiro a gosto.
Casquinha de caranguejo
Depois de cozido o caranguejo na água e sal, retira-se a carne que é refogada com azeite, cheiro-verde, cebola, tomate, limão e Pimenta de cheiro. Serve-se no próprio casco do caranguejo coberto com farofa de farinha d’água.
Unha de Carangueijo
Após cozidas, as patas grandes do caranguejo, temperadas com sal, alho e limão, são envolvidas (na parte que tem carne) em massa de batata, farinha de trigo, ovos e um pouco de carne desfiada do caranguejo. Depois são fritas à milanesa em gordura bem quente. Pimenta de cheiro a gosto. Usa-se também as mesmas patas cozidas servidas com molho vinagrete.
Carangueijo Toc-Toc
É o caranguejo cozido inteiro em água, sal, limão e alho. Os caranguejos são quebrados com a ajuda de pauzinhos, para retirar as carnes. Os talheres são substituídos pelos próprios dedos. Molho de Pimenta de cheiro a gosto.
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